terça-feira, 28 de setembro de 2021

Estudos de Jazz - PARTE 10 - Análise de Autumn Leaves



Olá pessoal!

Como andam todos os estudos de Jazz?

Nesta semana damos uma parada em nossas aulas práticas de Jazz para analisarmos o nosso repertório alvo, Autumn Leaves.

O repertório de Jazz possui muitas músicas que poderíamos utilizar como repertório alvo, mas por qual motivo optamos por Autumn Leaves?

Simples, esta música possui a “cadência mais utilizada no Jazz”, o famoso II (dois) V (cinco) I (um) em suas duas formas: para o I (um) maior e para o I (um) menor.

Antes de analisarmos a música, vamos olhar para os campos harmônicos envolvidos. Uma questão muito interessante nas harmonias de Jazz, é atentarmos para as tonicizações. Estas são modulações temporárias e locais, como uma ida para uma estrada secundária e uma volta para a estrada principal.

Essa característica de diversas músicas do estilo fazem com que um estudante necessite ter um domínio dos campos harmônicos, mas não se assuste, de uma forma geral, estas tonicizações são feitas com esquemas harmônicos bem simples. 

Então, vamos analisar os campos harmônicos relacionados à música Autumn Leaves.

Campo Harmônico de Si Bemol Maior
Bbmaj7 (I), Cm7(II), Dm7(III), Ebmaj7(IV), F7(V), Gm7(VI) e Am7(b5)(VII).

Campo Harmônico de Sol Menor (relativo de Si bemol maior).  
Gm7(I), Am7(b5)(II) Bbmaj7 (bIII), Cm7(IV), D7(V)*, Ebmaj7(bVI) e F7(bVII).
*este acorde é proveniente do campo harmônico da escala menor harmônica. 

Percebam que o V7 que utilizaremos no menor é o que encontramos na menor harmônica de Gm.

Outro ponto interessante é a relação entre as notas da melodia e o acorde sob o qual ela é feita, assim, deixo a análise melódica também.


Nos quatro primeiros compassos analisei a música em relação ao campo harmônico de Si Bemol Maior. Isto foi feito para facilitar a visualização o II (Cm7) V (F7) I (Bbmaj7) Maior.
O restante da analise é feita tendo como base o campo harmônico e Sol Menor.

Abraços e até a próxima coluna!

2 comentários:

João Eduardo disse...

Fernando, existe algum problema em analisar uma harmonia menor a partir do seu tom relativo maior, ou seria só uma outra abordagem?

femtavares disse...

Olá João!
Não tem problema não... o lance é que vc acaba demorando um pouco mais, aí o ideal é pensar no menor mesmo, fica mais rápido.
Abraços!!!!