Olá pessoal!
Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna escolhemos a música You Got To Funkifize da banda Tower of Power.
Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.
Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:
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You Got to Funkifized
Esta canção, escrita por Emilio Castillo e Stephen Kupka, foi lançada no álbum "Bump City" de 1972 e conta com o genial Francis "Rocco" Prestia no contrabaixo.
Tower of Power é uma banda americana de R&B baseada em Oakland, Califórnia. Eles são conhecidos por sua seção de metais poderosa e groove inigualável. "You Got to Funkifize" é uma faixa do álbum "Bump City", lançado em 1972. A linha de baixo desta música, tocada pelo lendário Rocco Prestia, é um exemplo clássico do estilo de funk que a banda popularizou.
A música está na tonalidade de Ré maior com sétima e tem como característica uma sequencia de Blues. O groove principal dela é apresentado logo no primeiro compasso. Este groove é uma pequena variação do que ocorre durante a maior parte do tempo, sendo apresentado no compasso 3 e repetido 7 vezes até retornar no compasso 16. O groove foi criado utilizando a fundamental, a oitava, a sétima e o cromatismo para voltar à fundamental sobre o acorde de Dm7. Esta ideia é repetida também na base da voz até o compasso 7, no qual ele faz uma aproximação cromática para a nota Sol, que é a fundamental do próximo acorde (G7). O groove criado para este acorde é o mesmo que o baixista pensou para o Dm, obviamente transposto para as notas deste novo acorde.
No compasso 10, o baixista volta ao primeiro groove, e no compasso 12 temos uma frase muito bacana feita sobre o acorde de E7. Perceba que o baixista utiliza a #9 e a #5 dos acordes, mas decidi escrever a nota enarmônica para não causar confusão, pois é mais fácil ler G do que Fx (Fá dobrado sustenido) e C do que a nota B#, que seriam as notas adequadas aos intervalos descritos. Depois, o baixista utiliza os intervalos de 3 e 4 para fechar este compasso. No compasso 13, temos uma aproximação cromática para a fundamental, no 14 repetimos a ideia do 12 e, por fim, o trecho termina com a tétrade de D7.
A partir do compasso 25, se inicia o trecho mais complexo da música, que é a ponte e as bases dos solos. A ponte é feita utilizando dois acordes (C7 e F7), sendo que a frase utiliza a fundamental, a quinta e aproximações cromáticas, com o destaque do trecho sendo a parte rítmica, na qual o baixista utiliza variações da semicolcheia combinadas com colcheia e pausas. No compasso 30, o groove é repetido um tom à frente (acordes de D7 e G7). No compasso 43, se inicia o solo da música, que é construído utilizando basicamente a fundamental dos acordes, aproximações cromáticas e a quinta e sétima.
A partir do compasso 55, temos o trecho mais complexo da música. Nele são utilizadas aproximações cromáticas para a fundamental, a quinta e a oitava. O problema está na parte técnica, que exige uma precisão e uma velocidade grande na combinação de ambas as mãos no fraseado.
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Considerações Finais
"You Got to Funkifize" é uma daquelas músicas que deveriam ser obrigatórias no repertório de qualquer baixista, pois ela trabalha muitos elementos necessários para o desenvolvimento de um grande músico, como a parte rítmica, a técnica de mão direita precisa, a velocidade na mão esquerda e muito swing.
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Bons estudos e até a próxima coluna!
Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.
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