Olá pessoal!
estamos de volta nesta semana para mais uma transcrição comentada. A música escolhida neste mês é uma homenagem a um dos maiores baixistas da história do Rock e com certeza um dos mais influentes de um estilo que ficou conhecido como rock progressivo.
estamos de volta nesta semana para mais uma transcrição comentada. A música escolhida neste mês é uma homenagem a um dos maiores baixistas da história do Rock e com certeza um dos mais influentes de um estilo que ficou conhecido como rock progressivo.
Clique aqui para download da Transcrição Heart of The Sunrise em PDF
Heart of the Sunrise está no álbum Fragile e está dividida em várias partes. Os trechos são repetidos poucas vezes e no final da música quando alguma ideia é retomada, ela volta em uma nova tonalidade, no decorrer do texto iremos descrever estas partes. Esta é uma das músicas mais elaboradas da carreira da banda e é muito interessante prestar atenção nas diversas camadas musicais, nas variações de andamento, de fórmulas de compassos, além de partes mais calmas com partes mais rápidas.
A introdução da música é feita utilizando a escala de G# menor, preste atenção aos cromatismos utilizados pela banda e que dão um efeito muito interessante ao trecho. Perceba também como o efeito causado pela variação de execução da frase em oitavas diferentes também causa uma sensação bem legal para o trecho. Esta primeira introdução ocorre várias vezes durante a música, portanto, tente entender a frase, pois ela será a ligação entre diversas partes. A fórmula de compasso deste trecho é 3/4.
No compasso 17 temos uma pequena ponte para a segunda parte da introdução, sendo este novo material construído com a Pentatônica de G# menor. Percebam a maestria de Squire para lidar com a pentatônica e as variações que o baixista constrói. Elas são feitas alternando o sentido da frase, além de mexer com a parte rítmica o tempo inteiro, construindo frases basicamente com colcheias, porém não deixando de explorar as tercinas e as semicolcheias em algumas passagens. Esse trecho ocorre do compasso 21 até o compasso 74.
No Compasso 75 temos a volta da introdução, em que são trabalhados os mesmos aspectos e a tonalidade do trecho também é mantida. Esta parte é construída até o compasso 132.
No Compasso 155 tem início uma belíssima linha de baixo, que é atrelada a base de voz, esta linha é maravilhosa e demonstra toda a criatividade de Squire, nela são trabalhadas as notas das tríades, além das pentatônicas dos respectivos acordes. Os ornamentos dão um toque muito especial para esta pequena maravilha criada pelo baixista. Esta linha começa na parte aguda do instrumento, indo para a parte grave no refrão, sendo que a frase é construída da mesma maneira.
No Compasso 169 temos um interlúdio em que os acentos em partes fracas do tempo são explorados para causar um efeito interessante, já que na parte melódica são trabalhadas apenas as fundamentais de cada acorde.
A introdução da música é feita utilizando a escala de G# menor, preste atenção aos cromatismos utilizados pela banda e que dão um efeito muito interessante ao trecho. Perceba também como o efeito causado pela variação de execução da frase em oitavas diferentes também causa uma sensação bem legal para o trecho. Esta primeira introdução ocorre várias vezes durante a música, portanto, tente entender a frase, pois ela será a ligação entre diversas partes. A fórmula de compasso deste trecho é 3/4.
No compasso 17 temos uma pequena ponte para a segunda parte da introdução, sendo este novo material construído com a Pentatônica de G# menor. Percebam a maestria de Squire para lidar com a pentatônica e as variações que o baixista constrói. Elas são feitas alternando o sentido da frase, além de mexer com a parte rítmica o tempo inteiro, construindo frases basicamente com colcheias, porém não deixando de explorar as tercinas e as semicolcheias em algumas passagens. Esse trecho ocorre do compasso 21 até o compasso 74.
No Compasso 75 temos a volta da introdução, em que são trabalhados os mesmos aspectos e a tonalidade do trecho também é mantida. Esta parte é construída até o compasso 132.
No Compasso 155 tem início uma belíssima linha de baixo, que é atrelada a base de voz, esta linha é maravilhosa e demonstra toda a criatividade de Squire, nela são trabalhadas as notas das tríades, além das pentatônicas dos respectivos acordes. Os ornamentos dão um toque muito especial para esta pequena maravilha criada pelo baixista. Esta linha começa na parte aguda do instrumento, indo para a parte grave no refrão, sendo que a frase é construída da mesma maneira.
No Compasso 169 temos um interlúdio em que os acentos em partes fracas do tempo são explorados para causar um efeito interessante, já que na parte melódica são trabalhadas apenas as fundamentais de cada acorde.
No Compasso 176 uma nova base de voz é apresentada, sendo que são utilizadas as mesmas ideias da base de voz anterior, porém a linha construída é totalmente diferente, nos demonstrando como as ferramentas são secundárias quando o baixista possui uma criatividade em um alto nível.
Voltamos para a primeira base de voz entre os compassos 182 e 187, sendo que a partir do compasso 188 se inicia o refrão da música que é executado de uma maneira diferente que o primeiro refrão. Neste temos duas linhas de baixo, na transcrição só temos uma delas, pois uma das linhas só executada as fundamentais de cada acorde, já a segunda linha executa os acordes, primeiro tocando as notas simultaneamente nos dois primeiros compassos e nos próximos compassos os acordes são executados de forma "dedilhada" como em um violão.
Novamente temos o interlúdio no compasso 196 e a segunda base de voz a partir do 208.
No compasso 213 se inicia uma nova arte da música, sendo esta uma das mais difíceis em nível de execução da canção, na qual o baixista faz uma frase utilizando apenas duas notas, a fundamental e a sétima maior do acorde de D#m, e no compasso 221 temos a volta da introdução. A partir desta reexposição da introdução o baixista varia diversas vezes entre esta e uma frase com a fundamental e a quinta do acorde de D#m.
No compasso 253 inicia-se o solo de guitarra, e o grande destaque deste trecho é a dinâmica utilizada pela banda, perceba que na primeira vez eles tocam tudo piano, para na repetição tocar a mesma ideia, porém com mais força. As dinâmicas são o grande ponto desta linha de baixo, já que na primeira parte do trecho são utilizadas apenas as fundamentais dos acordes e na segunda parte o baixista cria uma frase muito interessante, trabalhando em contraponto com a melodia de voz, mais uma vez é perceptível o conhecimento musical dos membros da banda, já que eles abrem mão de recursos pouco utilizados por músicos do rock em geral.
A partir deste momento (compasso 301) a música se encaminha para o seu final. Os trechos são reapresentados, seguindo as mesmas ideias utilizadas até então, porém em tonalidades diferentes.
Voltamos para a primeira base de voz entre os compassos 182 e 187, sendo que a partir do compasso 188 se inicia o refrão da música que é executado de uma maneira diferente que o primeiro refrão. Neste temos duas linhas de baixo, na transcrição só temos uma delas, pois uma das linhas só executada as fundamentais de cada acorde, já a segunda linha executa os acordes, primeiro tocando as notas simultaneamente nos dois primeiros compassos e nos próximos compassos os acordes são executados de forma "dedilhada" como em um violão.
Novamente temos o interlúdio no compasso 196 e a segunda base de voz a partir do 208.
No compasso 213 se inicia uma nova arte da música, sendo esta uma das mais difíceis em nível de execução da canção, na qual o baixista faz uma frase utilizando apenas duas notas, a fundamental e a sétima maior do acorde de D#m, e no compasso 221 temos a volta da introdução. A partir desta reexposição da introdução o baixista varia diversas vezes entre esta e uma frase com a fundamental e a quinta do acorde de D#m.
No compasso 253 inicia-se o solo de guitarra, e o grande destaque deste trecho é a dinâmica utilizada pela banda, perceba que na primeira vez eles tocam tudo piano, para na repetição tocar a mesma ideia, porém com mais força. As dinâmicas são o grande ponto desta linha de baixo, já que na primeira parte do trecho são utilizadas apenas as fundamentais dos acordes e na segunda parte o baixista cria uma frase muito interessante, trabalhando em contraponto com a melodia de voz, mais uma vez é perceptível o conhecimento musical dos membros da banda, já que eles abrem mão de recursos pouco utilizados por músicos do rock em geral.
A partir deste momento (compasso 301) a música se encaminha para o seu final. Os trechos são reapresentados, seguindo as mesmas ideias utilizadas até então, porém em tonalidades diferentes.
Esta música requer muita dedicação do estudante, pois todos os trechos são feitos de maneira virtuose e muito criativa pelo excepcional baixista Chris Squire, sendo que podemos afirmar categoricamente que o baixista era um dos músicos mais criativo de sua época, tendo influenciando diversos músicos da sua geração e de gerações posteriores. Além de possuir uma habilidade técnica e conhecimento harmônico fenomenais, trabalhava como ninguém variações rítmicas com mudanças constantes de fórmulas de compassos e também contratempos, síncopes e hemíolas para criar linhas excepcionais como esta da música Heart of the Sunrise.
Esta é uma daquelas músicas que todos os músicos deveriam ter em seu repertório. Estude com calma todos os trechos, analise as passagens e tente entender o que foi usado e como é a sonoridade de cada elemento utilizado pelo baixista.
Um abraço, bons estudos e até a próxima coluna!
Esta é uma daquelas músicas que todos os músicos deveriam ter em seu repertório. Estude com calma todos os trechos, analise as passagens e tente entender o que foi usado e como é a sonoridade de cada elemento utilizado pelo baixista.
Um abraço, bons estudos e até a próxima coluna!
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