Olá pessoal!
Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o álbum DoisMilEVinteUm (Povo Brasileiro)/Zé Brasil - Por Luiz Domingues.
A matéria original pode ser encontrada neste link.
http://luiz-domingues.blogspot.com/2021/05/cd-doismilevinteum-povo-brasileiroze.html
Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.
Um breve release do Luiz feito pelo próprio:
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.
Sem mais, vamos ao texto do Luiz:
CD DoisMilEVinteUm (Povo Brasileiro)/Zé Brasil - Por Luiz Domingues
Zé Brasil é um artista super criativo e inquieto por natureza. É arquiteto pela sua formação acadêmica e como artista, atua como um multi-instrumentista, cantor, compositor e letrista, além de também se mostrar atuante como, produtor musical & fonográfico. Enfim, ele não para de trabalhar.
A sua trajetória artística vem de longe e sempre em boa companhia, cercado de talentos, Zé Brasil começou com apresentações musicais e atuação teatral em 1971 e até 1973, atuou com bastante profusão no circuito de teatros paulistanos, na TV e no rádio.
Depois de uma passagem pelos Estados Unidos ele voltou ao Brasil em 1973 e participou com o ex-Mutantes, Arnaldo Baptista, da fundação do grupo de Rock, Space Patrol, e nessa fase, segundo o próprio Zé Brasil me revelou, eles trabalharam com um som bastante psicodélico, com entrada na seara do Hard-Rock e Prog-Rock, igualmente, além de ter havido uma boa influência da música Folk de raiz como uma proposta trazida para a banda em adendo pelo próprio, Zé Brasil. E como mais um dado histórico, muitas das canções da parte do Arnaldo, foram aquelas que ele gravaria a seguir em seu disco solo, "Loki?"
Discos e formações do Apokalypsis nos anos 1970. Fotos: Marcia Rebello (in memoriam) e Carlos Hyra (in memoriam), Revista POP e tela “Love Supreme” de Antonio Peticov.
Em seguida, o Zé Brasil criou o grupo de Rock, "Apokalypsis" em 1974, mediante uma história bonita em favor do Rock Progressivo e do Jazz-Rock, recheado com grandes músicos na formação.
Em pleno astral hippie/zen budista, o casal/dupla vocal e com os respectivos nomes estilizados nesta época: "Maytrea & Silvelena". Foto: Marcia Rebello (in memorian)
Em 1975, com a cantora, Silvia Helena, a sua parceira de arte & vida, deu vazão a seguir para a criação da dupla Folk-Rock, "Maytrea & Silvelena" a apontar para a música com forte identificação com a espiritualidade.
Diversas atividades oitentistas desenvolvidas pela dupla, como: José & Silvia, com o grupo Delinquentes de Saturno e grupo UHF. Fotos: Internet
A partir de 1978, uma boa temporada europeia sobreveio e a configurar a cidade de Londres como a base do casal, a todo vapor a lançarem discos e a se apresentarem, até 1981, quando a dupla voltou ao Brasil. E a carreira prosseguiu, quando buscaram a modernidade cibernética dos anos oitenta, via José & Silvia, igualmente com o grupo UHF, além da banda, Delinquentes de Saturno.
Em pleno século XXI, 2005 para ser específico, Zé Brasil se lançou em um grande mergulho em prol do resgate aquariano dos bons tempos sessenta-setentistas e assim liderou o movimento: “70 de novo” (este criado em 2006), ao lado de Nico Queiroz a promoverem shows memoráveis e recheados com grandes artífices da produção artística do Rock Brasileiro ligada à tal década citada, com ele (Zé Brasil) incluso, logicamente, além de gerir uma infinidade de páginas e grupos em diversas redes sociais para resgatar a memória da produção artística Rocker dessas décadas e também fomentar a cena em voga, com artistas novos em plena atividade e declaradamente influenciados por tal estética vintage.
Zé Brasil também foi muito intenso ao usar a sua própria gravadora ("Natural Records", que ele fundara em Londres no ano de 1980), quando montou um catálogo enorme com muitos discos resgatados de suas antigas bandas, mediante o material desengavetado que veio à tona e sobretudo, ao abrir a possibilidade de se criar novidades com material inédito, ao lançar discos em profusão.
Desta feita, o último trabalho dele se chama: “DoisMilEVinteUm” um disco que foi muito além da prova de resiliência de um artista que resiste bravamente em um ano que será lembrado no futuro pela pandemia, caos social, máscaras e medo da morte iminente para todos os Seres Humanos do planeta.
Eclético, Zé Brasil seguiu a sua linha diversificada como compositor, a passear com desenvoltura por vários estilos. Do Rock’n’ Roll tradicional ao Blues, do Rock Progressivo à Psicodelia, do Reggae à MPB, do R’n’B ao Pop, ou seja, neste disco há tudo isso e contém espaço igualmente para o experimentalismo sob o viés erudito, mediante uma busca metafísica pelas altas vibrações de outras esferas superiores, através das evocações esotéricas & afins.
Para este álbum, Zé Brasil que mantém regularmente em atividade o Apokalypsis com uma formação mediante excelentes músicos, se esmerou para convidar inúmeros outros músicos ilustres e assim ele montou uma verdadeira constelação com artistas sensacionais.
Sobre a capa, cabe destacar que a ilustração frontal se trata de uma obra do artista plástico, Cipriano Souza, denominada: “Solidão” (de 2015) e traz como imagem, uma ideia de brasilidade muito grande ao insinuar a presença de casas germinadas e bem coloridas ao estilo colonial, a denotar alguma localidade interiorana aprazível e que assim passa a ideia da diversidade cultural do povo brasileiro.
Cabe a ressalva que este álbum teve um outro título em sua versão para as plataformas digitais e neste caso, ele é também conhecido como: “Povo Brasileiro”, portanto, tal ilustração se coaduna bem com tal mote e em sua concepção teve o lay-out e arte-final assinados por Rafael Conny e fotos da contracapa da autoria de Dean Claudio.
A canção que abre o álbum é: “Povo Brasileiro” e apresenta a grande expedição antropológica do Zé Brasil em sua busca pela essência das raízes do nosso povo em torno da sua riqueza, a se entender essa máxima sob uma amplitude contracultural óbvia da parte de quem se expressa através do Rock, mas que pensa através do aspecto macro, por natureza intrínseca.
Canção agradabilíssima, é versada pelo R’n’B com pitadas generosas do Rock’n’ Roll básico e com sabor cinquentista delicioso, mas contém igualmente uma boa influência do estilo Country-Rock, que é um achado para engrandecê-la. Tudo soa bem, incluso a excelente mixagem que privilegiou a presença de muitos desenhos executados pelo órgão Hammond e pela guitarra, sobretudo.
No caso desta letra, de autoria de Nico Queiroz (este, a se tratar de um jornalista e compositor proeminente desde os anos setenta), o recado é dado com uma letra bem escrita a se ressaltar o alto astral e ao fazer uso em certos versos de uma poesia psicodélica sob o sabor sessentista, ao utilizar imagens surreais muito interessantes.
O refrão é bem vibrante, ao fazer uso de uma concepção bem em torno do conceito “bubblegum” sessentista em sua essência melódica.
“Onde como for te amo, meu amor/onde como for te amo, minha flor”
Acrescente-se como um bom ornamento vocal o apoio dos backing vocals que é muito bom no uso do clássico onomatopaico: “Whabthuma, whab whabthuma”, que valoriza demais a canção.
A segunda faixa contém um balanço incrível. Chama-se: "Bicho Grilo".
O passeio do piano não deixa dúvida que esse molho é inspirado no melhor do R’n’B e como é bem tocado! São desenhos melódicos, extremamente ricos em sua resolução.
A participação da guitarra é excelente, com muita criatividade e com um tremendo timbre, fator de muito bom gosto da parte de quem é exímio, de fato, tanto na execução quanto na preparação de áudio.
O baixo balança forte, também com um belíssimo timbre e orna com a bateria de uma forma vigorosa.
Nesta canção, que é muita convidativa à dança, a letra escrita por Edu Viola, outro parceiro do Zé Brasil de longa data, faz uma brincadeira muito criativa com a figura estereotipada do “Bicho Grilo”, aquele padrão tão vilipendiado da parte de alguém que pautara a sua existência a partir de certos paradigmas gerados em uma época em que não viveu e por não entendê-la exatamente, sobretudo. Eis que assim tal persona se forjou como uma caricatura do que ouviu dizer, na prática.
Pois então essa espécie de neo-hippie anacrônico é devidamente retratado através da letra, com muito bom humor, ao se enumerar alguns dos seus comportamentos habituais vistos pelas ruas e isso é muito divertido.
Gosto da melodia, da letra e da interpretação do Zé Brasil que brinca com tal persona ao dizer:
‘Pega o Bicho Grilo, pega/Bicho Grilo, olha o bicho grilo”...
Em “Festim do Fim”, a opção pelo reggae é clara e mais uma vez, Zé Brasil, com o apoio da cantora, Silvia Helena, cantam em duo em diversos trechos, com grande graça.
As intervenções dos teclados são ótimas mais uma vez e as guitarras, idem, uma delas a cumprir o papel padrão do estilo, ao marcar o contratempo intermitente e a outra a desenhar livremente com um timbre favorecido pelo “drive” muito bem escolhido.
Tais intervenções enriquecem por demais a canção, inclusive com a feliz intervenção de um solo em dueto da parte da guitarra, a se revelar muito melódico.
“Beautiful People” é uma bela balada, com o forte senso do Rock rural setentista, que não temos mais em voga, infelizmente, mas eis que o Zé Brasil nos traz essa conexão perdida e assim, nos possibilita voltarmos a acreditar que há esperança, como diz a letra da canção (esta é também de autoria de Nico Queiroz), em certo momento:
“Beautiful People, tocando e cantando, música no ar, mudando... tem que mudar”
Trata-se de uma melodia muito bonita e a mensagem expressa pela letra é um convite para que busquemos esse mundo fraternal, tão sonhado na década de sessenta, sobretudo.
A incidência de um arranjo fortemente inspirado na psicodelia da década de sessenta é um primor e claro que se coaduna perfeitamente com o espírito da obra.
A próxima faixa, “Momentos de Glória” é um Folk-Rock delicioso em sua constituição geral. Harmonia, arranjo, melodia, timbres e intervenções dos instrumentos, enfim, tudo soa magnificamente bem.
A letra (de Nico Queiroz), traz uma proposta muito interessante ao traçar paralelo com a esperança por dias melhores em contraposição com as questões pueris do cotidiano em torno da sobrevivência, ou seja, foi uma forma de protesto inteligente ao sistema e sim, a citar Bob Dylan de uma forma explícita, portanto, é de uma criatividade muito grande ao aludir sobre tal artista em si e a usar de algumas menções das canções compostas por Mr. Zimermman, como uma forma de homenagem.
“Mistérios Universais” é a próxima faixa. Trata-se de uma canção com forte apelo em torno do Rock Progressivo setentista, a conter uma execução virtuose da parte de todos os instrumentistas que a gravaram.
Gostei muito da melodia, propositalmente dividida fora da condução instrumental a trazer uma sofisticação ímpar à proposta da canção.
Mais uma vez, Zé Brasil e Silvia Helena impressionam pela construção da linha vocal não usual e no quesito da letra, a ideia foi também buscar a ousadia, ao fazer uso de formulações que se não são exatamente fruto da poesia concreta, ao menos flertam com tal estética.
“Desterrado no Cerrado” é também uma faixa fortemente influenciada pelo Rock Progressivo setentista, mas neste caso, sob o viés da MPB sofisticada que existiu com sucesso nessa década e que realmente bebeu em tal fonte nobre do Rock.
Mais uma vez a harmonia é muito bela e assim deu espaço para que os músicos criassem linhas robustas, com forte senso melódico e a se destacarem igualmente pelos belos timbres obtidos e com grande proeminência.
E a letra, escrita pelo lendário, Rolando Castello Junior, traz uma poesia de qualidade, como por exemplo, a se destacar:
“Desterrado no Cerrado/meu futuro vou mudar/não posso deixar minha vida ser um caso encerrado/desterrado no cerrado”...
“Tempos de Blues” é um primor. “slow blues” de primeira qualidade em toda a sua liturgia clássica, tem ali a sua condução lenta, permeada por solos de guitarra de arrepiar e um piano a pontilhar com bastante sentimento.
E interessante que mesmo ao respeitar os signos clássicos do gênero em termos de arranjo instrumental, que a letra proposta pelo Zé Brasil não tenha usado de clichês ao falar sobre estações de trem, campos de algodão ou sobre amores perdidos em meio a bares esfumaçados, mas inovou ao buscar uma linha diferente e neste caso, a sua verve contracultural, mais uma vez se fez eloquente ao dizer:
“As nuvens embaçam o sol outonal/o povo procura, espera um sinal/da grande mudança, da Era da Paz/da luta vencida do bem sobre o mal”
Gostei muito do backing vocal, com sentido gospel, muito bem arranjado, que abrilhantou a canção.
A faixa seguinte, “Rock 2000” é uma verdadeira festa, com um altíssimo astral. O arranjo é muito rico com a inserção de solos de guitarra vigorosos e intervenções dos teclados esfuziantes a prover o uso de metais simulados.
O clip oficial da música: "Rock 2000". Produção de Alexandre Barreto (Mundo Urso Filmes)
Eis os link para assistir no YouTube:
Zé Brasil faz uma ode ao Rock, a evoca-lo desde os anos cinquenta e a citar diversas conquistas tecnológicas observadas ao longo das últimas décadas até os dias atuais com o avançar da década de vinte do novo século.
“Sonho de Amor” é uma balada com um certo sentido “bluesy”, a apresentar singeleza na sua harmonia, melodia e letra. Além de estar reforçada por certas sutilezas colocadas nos arranjos da guitarra e dos teclados, principalmente.
Certos trechos conduzidos sobre a divisão rítmica do staccato induzem à docilidade ingênua que remonta aos anos sessenta.
“Irmão Navegante” é mais uma canção fortemente inspirada no estilo do Rock Progressivo setentista e que traz um padrão de sofisticação instrumental e também uma bela interpretação vocal da parte de Silvia Helena de forma solo, em boa parte da canção. O solo de guitarra é muito belo.
O arranjo eloquente dos teclados, faz uma costura poderosa em meio à melodia durante o refrão.
A onomatopeia vocal no meio e ao final da canção é rica, a sugerir uma linha melódica avantgarde dentro do canto lírico, ao lembrar compositores não tão conhecidos do mundo erudito mais obscuro.
Em sua letra, o Zé Brasil buscou a conexão esotérica explícita ao fazer a conexão com as dimensões extra-físicas mais avançadas, certamente, como por exemplo ao afirmar:
“Vem amigo do céu, irmão navegante/vem junte-se a nós, na nave errante”/irmão navegante, irmão navegante, irmão navegante, Maitreya”...
E os sinos ouvidos ao final da canção não permitem que a conexão do ouvinte seja quebrada depois desse voo tão significativo para uma outra realidade etérea e de encontro a um Avatar do budismo.
Para este trabalho, o Zé Brasil arregimentou, além dos ótimos músicos que o acompanham regularmente, uma constelação de astros para abrilhantarem a obra, portanto, a junção das ótimas músicas compostas, com letras muito criativas, interpretação inspirada e acrescida da exuberância instrumental da parte de grandes músicos convidados, só poderia resultar em um álbum muito inspirador.
Na questão do áudio, o esmero para se obter timbres tão bons, fortemente inspirados em sonoridades típicas das décadas de sessenta e setenta, elevou ainda mais o trabalho, portanto, mediante ótimas canções dotadas desse padrão de qualidade sonora, culminou em tornar o CD “DoisMileVinteUm”, como uma peça indispensável, não apenas para os ouvintes mais acostumados à estética do Rock, mas a se tratar de uma obra pronta para ser degustada para qualquer ouvinte que aprecie a música feita com qualidade, inspiração e profundidade da parte de um artista que tem algo importante a dizer e precisa ser ouvido.
Ouça o álbum na íntegra, através da plataforma YouTube:
Gravado nos estúdios: Diginalogo, Audio Freaks, Greenhouse, Cakewalking, LeChat Áudio, Orra Meu e Mosh em 2020
Técnicos de captura: Marcos Azzella, Renato Coppoli, Gustavo Scremin, Edu Gomes, Cláudio Erlam, Gustavo Barcellos e André Miskalo (edição)
Técnicos de mixagem e masterização: Cláudio Erlam, Renato Coppoli e Zé Brasil
Arranjos: Zé Brasil, Cláudio Erlam (metais/faixa 9), Fernando Bustamante (orquestração) e Norba Zamboni (faixa 8)
Ilustração frontal de capa: Cipriano Souza
Lay-out e arte-final: Rafael Conny
Fotos de contracapa: Dean Claudio
Gravadora: Natural Records
Distribuição: Tratore
Direção geral e produção fonográfica: Zé Brasil
Músicos:
Zé Brasil: Voz, violão, sintetizador, percussão e bateria
Silvia Helena: Voz
Daniel Cardona (in memoriam): Violão e guitarra.
Dylan Webster (Glascow): Guitarra
Edu Gomes: Guitarra
Fabio Golfetti: Guitarra
Fares Junior: Guitarra
Gus Soularis: Guitarra
Marcello Schevano: Guitarra
Norba Zamboni: Guitarra, baixo e programação de bateria
André Youssef: Teclados
Fernando Bustamante: Teclados
Marinho Testoni: Teclados
Roberto Lazzarini: Teclados
Tiago Foz: Teclados
Tuca Camargo: Teclados
Cláudio Erlam: Baixo e programação de metais
Gabriel Costa: Baixo
Geraldo Vieira: Baixo
Gerson Tatini: Baixo
Fabio Zaganin: Baixo
Pedro Baldanza (in memoriam): Baixo
Renato Coppoli: Baixo
Alaor Neves: Bateria
Alexandre Barreto: Bateria
Rolando Castello Junior: Bateria
Para conhecer o trabalho do Zé Brasil:
Redes sociais:
Facebook:
YouTube:
YouTube Music:
Apokalypsis:
Spotify:
Apokalypsis Trio na TV Brasil:
https://youtu.be/jFKiII6TiMA
Zé Brasil na TV Cultura:
https://www.facebook.com/ze.brasil/videos/10205041449871864
Distribuição online: Tratore:
Para fazer contato diretamente com o Zé Brasil:
ze.brasil@apokalypsis.com.br
É isso aí pessoal!
Espero que gostem desta resenha do Luiz e conheçam a carreira do Zé Brasil
Espero que gostem desta resenha do Luiz e conheçam a carreira do Zé Brasil
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