Olá pessoal!
Nesta semana damos continuidade a nossa coluna de teoria e análise. Diferente das outras colunas deste blog nas quais eu passo estudos teóricos e práticos sobre os assuntos abordados, neste espaço buscamos refletir sobre os conteúdos e instigar novas pesquisas dos leitores.
Vocês podem conferir as duas colunas anteriores em que falo um pouco sobre os modelos de estudos que desenvolvo nos links abaixo:
Coluna 1 - http://www.femtavares.com.br/2023/01/teoria-e-analise-introducao-aos.html
Coluna 2 - http://www.femtavares.com.br/2023/02/teoria-e-analise-jazz-fusion.html
Coluna 3 - http://www.femtavares.com.br/2023/04/teoria-e-analise-esquemas-no-jazz-fusion.html
Estas aulas são parte de um acervo produzido pelo autor e que estão relacionadas as suas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.
Para maiores informações entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Novamente, ressalto que quando comparo algumas epistemologias musicais nessas colunas que escrevo, não quero mostrar vínculos entre os estilos citados e muito menos em relação aos autores. A ideia sempre é tentar desmistificar o processo de conhecimento teórico para mostrar que os "gênios" - com todas as aspas que o termo merece - são músicos que tinham como grande mérito o domínio das ferramentas disponíveis em seu tempo.
Bom, hoje falaremos de uma sequência extremamente importante e muito utilizada, o Blues de 12 compassos.
Sempre que passava essa ideia do blues de 12 compassos, tentava sistematizar para os meus alunos as diferenças entre essa sequência harmônica e o Blues como estilo musical. Depois de algum tempo comecei a demonstrar por meio de uma divisão e subdivisão dos gêneros musicais.
Vamos pensar que podemos dividir a música em dois gêneros principais, o erudito e o popular. Podemos pegar cada um deles e dividir em estilos, que no caso da música popular, podem ser o Jazz, o Rock, o Country, entre outros, além claro, do Blues.
Nesse caso, o Blues como estilo funciona como um catalizador de diversos parâmetros, não só harmônicos, mas métricos, melódicos, fraseológicos e até de instrumentação que o caracterizará.
Assim, não é só possuir uma determinada sequência harmônica que fará com que uma determinada canção seja um Blues dentro do estilo mais tradicional. Ademais, existem diversas canções de Blues que não possuem sempre a mesma ideia harmônica, mas seguimos adiante para entendermos melhor isso.
Agora, pensaremos em uma subdivisão dentro do estilo blues da qual extraímos a ideia dos 12 compassos e que chamaremos de tipo, que será uma espécie de padrão harmônico que servirá como modelo no blues e que poderá migrar para outros estilos.
Primeiro vamos escutar um blues estilo que se vale do tipo de 12 compassos, a música Laundromat Blues de Albert King.
É isso aí!
Espero ter contribuído com mais algumas reflexões sobre os modelos harmônicos.
Abraços e até a próxima coluna!
Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"
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