quinta-feira, 13 de julho de 2023

Baixista do Mês - O Estilo de Billy Sheehan - Parte 3

   


Olá pessoal!


Nesta semana apresentamos a segunda parte de uma matéria feita para a edição número #5 da Revista Bass Player Brasil sobre o sensacional baixista Billy Sheehan que tocou com diversas bandas, sendo que ficou famoso por ter trabalhado com Steve Vai e David Lee Roth e nas bandas Talas e Mr. Big. Atualmente toca, entre outros trabalhos, com o The Winery Dogs, que é um power trio de rock formado por Sheehan, Mike Portnoy (Bateria) e Richie Kotzen (Guitarra e Voz).



Essa matéria faz parte de uma coleção de mais de 240 publicações feitas para revistas de contrabaixo e que eu tenho divulgado aqui no site.


Para ver as outras matérias que publiquei, vocês podem acessar o link

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para ver as duas coluna anteriores pode acessar os links

http://www.femtavares.com.br/2023/05/baixista-do-mes-o-estilo-de-billy.html


Estas aulas são parte de um acervo produzido pelo autor e que estão relacionadas as suas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para maiores informações entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


O estilo de Billy Sheehan – Parte 3


Nascido William "Billy" Sheehan em 19 de março de 1953 é considerado um dos mais baixistas mais importantes do Hard Rock nos anos 1980. Ele tocou com Steve Vai e David Lee Roth e nas bandas Talas e Mr. Big.

Ele tem diversas peculiaridades técnicas como a utilização de três dedos na técnica de pizzicato, os tappings no estilo do guitarrista Van Halen, enre outras.

Nesta matéria escrita originalmente para a revista Bass Player Brasil, o estilo de Sheehan é mostrado em 14 trechos de canções de diversos álbuns do Mr. Big e de outros trabalhos. Neles buscamos mostrar todas as variações técnicas e melódicas utilizadas pelo músico. A matéria está dividida em três partes para facilitar o estudo daqueles que acompanham as colunas no site.


Exemplos


Hope do álbum Cosmic Troubadour - Billy Sheehan


Esta música é construída basicamente sobre este dedilhado feito na introdução por Billy Sheehan. Neste trecho o baixista toca os intervalos de Fundamental, Terça e Quarta do acorde de D11, mudando os baixos do acorde (baixos em Lá, Si, Sol e Ré). O sinal "let ring" indicado abaixo da partitura indica para deixar as notas indicadas soando, ou seja, não corte o som da nota quando executar a próxima.



No Man’s Land do álbum Niacin – Niacin


Esta frase foi feita sobre a tonalidade de Mi Menor, utilizando a Pentatônica da tonalidade para construir todas as variações. Estas, são executadas sempre nos tempos 3 e 4 dos compassos pares do trecho.



Undertown do álbum What If... – Mr.Big


Este trecho corresponde a segunda base e a voz da música. Na primeira base de voz, Billy só toca a fundamental de cada acorde, vale ressaltar que este trecho é um ótimo exemplo para se treinar a técnica de três dedos que o baixista usa. Toque as semicolcheias sempre seguindo a ordem anelar, médio e indicador na mão direita, e ainda, perceba que a acentuação sempre cairá em um dedo diferente. As frases foram feitas usando a Pentatônica da tonalidade (Sol Sustenido Menor).



Undertown do álbum What If... – Mr. Big


Nesta parte da música o baixista faz uma frase em um dueto com o guitarrista Paul Gilbert sobre a tonalidade de Sol sustenido menor. A frase começa com um padrão de semicolcheia sobre a Pentatônica da tonalidade e sempre é feita no contratempo de semicolcheia. Além disso, perceba que a frase sempre respira na primeira semicolcheia do compasso. No tempo dois do segundo compasso do trecho existe um bend de meio tom feito pelos dois instrumentos, muita atenção para afinar esta nota. Os dois últimos compassos do trecho são meras repetições dos dois primeiros só que tocados uma oitava acima pelo baixista.



Esta é a terceira da coluna deste grande baixista do hard rock.

Lembrando que esta matéria foi publicada originalmente na edição 5 da revista Bass Player Brasil.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).

É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.

"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"


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