segunda-feira, 14 de abril de 2025

Teoria & Análise - Estudos Ritmicos - Parte 10

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das semicolcheias e suas variações. O exercício proposto apresenta uma dificuldade técnica adicional, além de trabalhar a leitura rítmica. Por isso, é fundamental estudar com calma, concentrando-se em obter um som claro e preciso ao tocar no contrabaixo.

Estudos rítmicos


Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias, que correspondem a 1/4 de tempo no compasso 4/4. Ou seja, são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Neste estudo específico, trabalhamos com a figura rítmica que combina uma colcheia (1/2 tempo) seguida de duas semicolcheias (1/4 de tempo cada). Se houver dúvidas sobre como identificar essa figura, recomendo ouvir alguma música do Iron Maiden, como a famosa "cavalgada" presente em Powerslave, por exemplo.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui, e na próxima coluna abordaremos as subdivisões de semicolcheia.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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E-mail: femtavares@gmail.com

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Bons estudos e até a próxima coluna!

Abraços,
Fernando Tavares

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

MKK Bass Sessions #102 - Cinco baixistas que você precisa conhecer!

Olá, pessoal!

O meu programa MKK Bass Sessions #102 chega com um especial imperdível: cinco baixistas que você precisa conhecer!


Nesta edição, apresentaremos o talento de Blu DeTiger, Victor Kutlak, MonoNeon, Evan Marien e Hadrien Feraud.


📻 Sintonize na MKK Web Rádio todas os domingos às 20h para acompanhar o programa!


🔍 Quer saber mais sobre meu trabalho e pesquisas?

Acesse www.femtavares.com.br ou envie um e-mail para femtavares@gmail.com.


📲 Tem sugestões de baixistas ou ideias para os próximos programas?

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🎧 O programa também está disponível no Spotify e Mixcloud – basta procurar MKK Bass Sessions!


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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Baixista do Mês - Glenn Hughes


Olá, pessoal!

Na coluna "Baixista do Mês", apresentamos o sensacional Glenn Hughes.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:
http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.

Glenn Hughes

Glenn Hughes, nascido em 21 de agosto de 1951, em Cannock, Staffordshire, Inglaterra, é um renomado cantor, baixista e compositor, amplamente reconhecido como um dos maiores vocalistas de rock de sua geração. Ele é mais conhecido por seu trabalho com a banda Deep Purple, na qual integrou entre 1973 e 1976, contribuindo como baixista e vocalista do grupo. Hughes também fez parte do Trapeze, uma banda de rock britânica que alcançou sucesso nos anos 1970, antes de se juntar ao Deep Purple.

Após sua saída do Deep Purple, Hughes construiu uma carreira solo prolífica e colaborou com diversos artistas e projetos, como o Black Sabbath (no álbum Seventh Star, de 1986), e o supergrupo Black Country Communion, ao lado de Joe Bonamassa, Derek Sherinian e Jason Bonham.

Conhecido como "The Voice of Rock" devido ao alcance e à potência de sua voz, Hughes mescla influências de rock, funk e soul em seu estilo musical. Ele superou batalhas pessoais contra o abuso de substâncias, ressurgindo como um dos artistas mais consistentes e inspiradores do rock.

Nome: Glenn Hughes


Nascimento: 21 de Agosto de 1952 em Cannock, Staffordshire - Inglaterra

Bandas: Solo, Trapeze e Deep Purple

Discografia:
-Solo

Play Me Out (1977)
L.A. Blues Authority Volume II: Glenn Hughes - Blues (1992)
From Now On... (1994)
Burning Japan Live (1994)
Feel (1995)
Addiction (1996)
Greatest Hits: The Voice Of Rock (1996) (compilation)
Talk About It (EP) (1997) (previously-unreleased live and acoustic tracks)
The God Of Voice: Best Of Glenn Hughes (1998) (compilation)
The Way It Is (1999)
From The Archives Volume I - Incense & Peaches (2000)
Return Of Crystal Karma (2000)
A Soulful Christmas (2000)
Days Of Avalon (2001) (first official solo video release)
Building The Machine (2001)
Different Stages...Best Of Glenn Hughes (2002)
Songs In The Key Of Rock (2003)
Soulfully Live In The City Of Angels (DVD and CD) (2004)
Soul Mover (2005)
Freak Flag Flyin' (2005)
Music For The Divine (2006)
Live At The Basement (DVD and CD) (2007)
F.U.N.K. - First Underground Nuclear Kitchen (2008)

-Trapeze
Trapeze (1970)
Medusa (1970)
You Are the Music...We're Just the Band (1972)
Hot Wire (1974)
Live In Texas - Dead Armadillos (1981)
Welcome to the Real World - live 1992 (1993)
High Flyers: The Best of Trapeze - best of 1970-1976 (1996)
On the Highwire - best of 1970-1994 (2003)

-Deep Purple
Burn (1974)
Live in London (1974)
Stormbringer (1974)
Made in Europe (1975)
Come Taste the Band (1975)
Last Concert in Japan (1976)
Singles A's & B's (1993)
On The Wings of a Russian Foxbat: Live In California 1976 (1995)
California Jamming: Live 1974 (1996)
Mk. III: The Final Concerts (1996)
Days May Come and Days May Go, The California Rehearsals, June 1975 (2000)
1420 Beachwood Drive, The California Rehearsals, Part 2 (2000)
This Time Around: Live in Tokyo (2001)
Listen Learn Read On (2002)
Just Might Take Your Life (2003)
Perks And Tit (2004)
Live In Paris 1975 (2004)
Burn 30th Anniversary Edition (2004)
Live In California 74 (DVD) (2005)
Stormbringer (remastered) (2007)

-Black Sabbath
Seventh Star (1986)

-Iommi/Hughes
Dep Sessions (2003)
Fused (2005)

Video Link:
 

Website: www.glennhughes.com

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Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Baixistas do Rock - Parte 1

Olá, pessoal!

Iniciamos neste mês uma nova coluna dedicada ao estudo do Rock n' Roll, um dos gêneros mais populares no Brasil, mesmo com suas raízes fincadas nos EUA e na Inglaterra. Esta coluna será dividida em duas aulas para cada baixista, explorando inicialmente os elementos rítmicos e harmônicos de seu estilo, e em uma segunda aula, focando em articulação, execução e exemplos práticos de suas linhas de baixo. Ao final, também darei sugestões de músicas para complementar os estudos. Lembre-se: o estudo das músicas de seus baixistas preferidos é fundamental para entender os caminhos que o Rock n' Roll oferece. O gênero tem sido transmitido de geração em geração, com baixistas sempre se baseando nos ídolos que os precederam.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Paul McCartney

Para começar, vamos estudar Paul McCartney, um dos baixistas mais influentes da história do Rock.

Paul McCartney, que nasceu em 18 de junho de 1942, em Liverpool, na Inglaterra, é um dos artistas mais influentes e bem-sucedidos da história do rock e da música pop. "Hey Jude", "Let It Be", "Yesterday" e "Yesterday" são algumas das músicas mais emblemáticas dos Beatles, compostas por McCartney. Com John Lennon, estabeleceu uma das colaborações de composição mais frutíferas e bem-sucedidas na história da música.

Depois da separação dos Beatles em 1970, McCartney iniciou uma carreira independente, obtendo grande sucesso com seu projeto Wings na década de 70, além de uma extensa trajetória como artista independente. Durante sua trajetória profissional, Paul McCartney se destacou como um ativista das questões ambientais e dos direitos dos animais, mantendo uma carreira musical movimentada por lançamentos de álbuns, apresentações ao vivo e parcerias com outros músicos.

McCartney é conhecido não só pela sua carreira musical, mas também pela sua competência como multi-instrumentista, executando não só o baixo, mas também guitarra, piano, bateria e outros instrumentos. Durante sua trajetória profissional, ele foi agraciado com diversos prêmios e honrarias, como a Ordem do Império Britânico (MBE) e diversos Grammy Awards. O seu patrimônio musical, seja com os Beatles ou em sua carreira solo, persiste como uma influência crucial para várias gerações de músicos globalmente.

McCartney reflete bem o que aconteceu na década anterior ao surgimento dos Beatles, quando ele tocava covers de seus artistas favoritos, como Chuck Berry, Elvis Presley e, especialmente, Buddy Holly. Vamos também explorar elementos do Rock dessa fase e entender o impacto duradouro do legado de Paul para os baixistas posteriores.


Exemplo 1: Levando o Rock com Tríades Maiores

Neste exemplo, temos uma levada utilizando semínimas e as tríades maiores (Fundamental, Terça Maior e Quinta Justa) dos acordes C, F e G, que correspondem aos acordes I, IV e V da tonalidade de Dó maior — os acordes mais importantes no Campo Harmônico.

Estude essas tríades e toque-as nas seguintes sequências:

C, C, C, C, F, F, C, C, G, F, C, G
C, C, C, C, F, F, C, C, G, G, C, C

Em notação analítica (com os acordes I, IV e V):
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, IV, I, V
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, V, I, I

Esta sequência de acordes foi amplamente utilizada no início do Rock n' Roll, tornando-se a base para muitos sucessos posteriores.

Transporte a sequência para outros tons. Exemplo em Lá:
I = A, IV = D e V = E, então a sequência fica:
A, A, A, A, D, D, A, A, E, D, A, E

Sugestões de repertório:

  • Tutti Frutti (em Fá)
  • Blue Suede Shoes (em Lá)
  • Johnny B. Goode (em Bb)
  • Rock Around the Clock (em Lá)


Exemplo 2: Introdução à Tríade Menor

Neste exemplo, introduzimos a tríade menor em nossos estudos. A combinação de acordes menores no contexto do Rock cria uma sonoridade única, especialmente nos momentos mais melódicos e intimistas das músicas.


Exemplo 3: Base com a Pentatônica Maior

Aqui, criamos uma base utilizando a Pentatônica maior. Aplique-a na sequência de acordes apresentada anteriormente (Exemplo em Lá). Esta abordagem é fundamental no Rock, já que a pentatônica é uma das escalas mais utilizadas nas linhas de baixo, conferindo à música uma sonoridade mais simples e direta, característica do estilo.


Exemplo 4: Variação Rítmica

Neste exemplo, trabalhamos uma variação rítmica utilizando semínima pontuada e colcheias nos dois primeiros tempos. Esta variação é frequentemente empregada por Paul McCartney e outros baixistas para tocar músicas mais lentas, conferindo um groove mais swingado e descontraído. O exemplo é retirado da música "Do You Want to Know a Secret".


Sugestões de Músicas de Paul McCartney para Complementar os Estudos

  • Eight Days a Week
  • All My Loving
  • I Saw Her Standing There
  • Help

Sugestões de Álbuns e Artistas para Esta Coluna

  • Elvis PresleyElvis Presley (1956) pela BMG Music
  • The BeatlesPlease, Please Me, With the Beatles e Beatles for Sale pela EMI Records

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Bons estudos e até a próxima coluna!

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segunda-feira, 31 de março de 2025

Harmonia - Aula 03 - Escala Maior - Digitações

Olá, pessoal!

Estamos de volta com a terceira parte do curso de Harmonia, e, nesta coluna, vamos explorar as digitações da Escala Maior.

Revisando os conceitos

Lembrando que, na primeira parte, explicamos como as escalas são formadas. Agora, focaremos em como aplicá-las no instrumento por meio de diferentes digitações.


Exemplo 1

No primeiro exemplo, apresentamos a escala maior em duas digitações. A Digitação 1 é a mais comum e amplamente utilizada, enquanto a Digitação 2 é popular entre músicos de Rock, devido à sua flexibilidade e estilo característico.


Exemplo 2

No segundo exemplo, também mostramos a escala maior em duas digitações. Desta vez, exploramos todas as quatro cordas do contrabaixo, ampliando o alcance e a aplicação prática. Assim como no exemplo anterior:

  • Digitação 1: A mais utilizada em diversos gêneros musicais.
  • Digitação 2: Aplicada com frequência por músicos de Rock.


  • Pratique as digitações com calma, começando em um andamento confortável.
  • Assim que dominar a escala em uma posição, transporte-a para uma nova fundamental. Isso ajudará a consolidar a técnica e a compreensão do braço do contrabaixo.

Recursos adicionais

Confira o vídeo explicativo para acompanhar os exemplos na prática.

Vídeo


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segunda-feira, 24 de março de 2025

O estilo musical de Jack Bruce - Parte 2

 Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento a segunda parte da coluna sobre o estilo musical de Jack Bruce (1943–2014).

Nela, falaremos mais sobre as suas lendárias linhas de baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Análise das Linhas de Baixo de Jack Bruce

Rusty Lady – Intro

Aqui, a escala pentatônica menor novamente serve de base para a construção de frases melódicas de impacto.


Tales of Brave Ulysses – Voz – 0:30

Bruce toca as notas fundamentais dos acordes, exceto em G/B, onde destaca a terça (B), criando uma inversão que enriquece a textura harmônica.


Apostrophe' – Tema A

Na obra de Frank Zappa, Bruce utiliza a escala pentatônica de Mi menor para construir o tema principal, demonstrando sua versatilidade em diferentes estilos musicais.


Apostrophe' – Solo de Baixo – 0:17

Durante o solo, Bruce adota uma abordagem modal, explorando escalas como Ré mixolídio e C maior, adicionando complexidade harmônica com o uso de “blue notes”.


Drone – Voz – 0:57

A composição utiliza um compasso incomum (11/8), onde a escala pentatônica menor forma a base para frases melódicas que desafiam as convenções rítmicas tradicionais.


Conclusão

Jack Bruce foi muito mais do que um baixista; ele era um visionário musical que transformou o papel do baixo elétrico em diversos gêneros musicais. Sua habilidade de mesclar técnica avançada, sensibilidade melódica e inovação rítmica é uma referência para músicos até os dias atuais. Ao longo de sua carreira, ele não apenas explorou a versatilidade do instrumento, mas também expandiu os limites de sua aplicação musical, criando um legado atemporal que continua a inspirar novas gerações de artistas.


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sexta-feira, 21 de março de 2025

Transcrição - Apostrophe' Trio - Ventos da Liberdade

 

Olá, pessoal!

Em 2017, lancei um CD com o Apostrophe' Trio e disponibilizarei as transcrições aqui neste site ao longo deste ano.

Nesta semana, temos a transcrição da música Ventos da Liberdade.

A música foi composta por mim entre os anos de 2005 e 2006. Ela conta com duas partes, A e B, feitas em Si bemol Lídio e Lá Lídio, respectivamente. 

Ela ainda contém um interlúdio com solos e frases utilizando a escala DomDim e Lídio.

É possível ouvir o álbum no Spotify, no YouTube ou em outras plataformas de streaming.


Youtube:



Ventos da Liberdade


Página 01






Página 02




Página 03



Apostrophe' Trio: Ventos da Liberdade

Música por Fernando Tavares

Performance:
Fernando Tavares: Contrabaixo
Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra
Thiago Sonho: Bateria

Gravado, mixado e masterizado por Armando Leite no Estúdio Tecnoarte!
Produzido por Fernando Tavares

Abraços e até a próxima coluna!

segunda-feira, 17 de março de 2025

Site: Laboratório de Musicologia da EACH-USP

Olá, pessoal!

Para quem não sabe, eu também colaboro na construção de sites para grupos de pesquisa de várias instituições. Um deles é o site do Laboratório de Musicologia da EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), o LAMUS-EACH.

O site pode ser visto neste link: 

https://sites.usp.br/lamus-each/

Para conhecer melhor as pesquisas, você pode acessar:

https://sites.usp.br/lamus-each/acompanhe-nossas-pesquisas/

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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sexta-feira, 14 de março de 2025

MKK BASS SESSIONS #103 - Cinco baixistas mulheres do Rock pesado que você precisa conhecer

 NESTE DOMINGO, ÀS 20H, PROGRAMA INÉDITO! 🎸🎶

O MKK Bass Sessions #103 chega com um especial imperdível: cinco baixistas mulheres do Rock Pesado!

Nesta edição, apresentaremos a música e a carreira de Amanda (Crush All Tyrany), Jay Grob (Burning Witches), Reneé Dailor (Baby Dollz), Alice "Alix" Sesenna (Wox) e Alessandra Castro (AnkerkeriA e Ammit).

📻 Sintonize na MKK Web Rádio todas os domingos às 20h para acompanhar o programa!

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🎧 O programa também está disponível no Spotify, Castbox e Mixcloud – basta procurar MKK Bass Sessions!

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segunda-feira, 10 de março de 2025

Transcrição do Mês - Esperanza Spalding - Endangered Species

 


Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna, escolhemos a música Endangered Species da baixista Esperanza Spalding.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Esperanza Spalding - Endangered Species

Esperanza Spalding é uma renomada baixista, cantora e compositora norte-americana, amplamente reconhecida por sua habilidade técnica excepcional e sua abordagem inovadora ao jazz e à música contemporânea. Nascida em 18 de outubro de 1984, em Portland, Oregon, Spalding começou a tocar contrabaixo aos 4 anos e, desde jovem, demonstrou um talento notável. Ela estudou na Berklee College of Music, onde se destacou como uma das jovens musicistas mais promissoras.

Ao longo de sua carreira, Esperanza Spalding lançou diversos álbuns aclamados pela crítica, incluindo Esperanza (2008), Radio Music Society (2012), e Emily’s D+Evolution (2016). Ela ganhou o Grammy Award de "Melhor Artista Novo" em 2011, tornando-se a primeira mulher e a mais jovem baixista a receber esse prêmio. Seu estilo musical é uma fusão de jazz, soul, funk e música clássica, sempre explorando novas sonoridades e técnicas, além de se destacar por sua habilidade como improvisadora e compositora.

Esta transcrição foi originalmente publicada na Bass Player Brasil, edição 40, de janeiro de 2015.

Clique aqui para o Link da transcrição 


Texto

Esta música foi lançada no álbum Radio Music Society de 2012, da cantora e baixista Esperanza Spalding, sendo uma versão cantada da música de Wayne Shorter, composta em parceria com Joseph Vitarelli. Esperanza manteve a maior parte dos arranjos, mas a sua maravilhosa interpretação fez com que a música soasse muito mais suingada, trazendo uma abordagem moderna. A música original, datada de 1985, vale a pena ser conferida em sua versão original.

A introdução abre com frases construídas a partir das notas dos acordes. Preste atenção nas tensões indicadas, pois elas são executadas. No compasso 5, temos uma ideia do que será a principal frase do baixo; ela varia conforme os acordes que são executados. Nestes primeiros compassos, o acorde de D(add9) serve como referência, e a frase é construída com os intervalos de fundamental, terça, sexta, nona e quinta. No final da música (compassos 143 a 150), esta ideia é repetida com algumas variações.

A partir do compasso 9, temos a primeira base de voz, indicada com números para facilitar a localização das partes. No primeiro compasso do trecho, a baixista executa a fundamental com sua oitava e, depois, os intervalos de quarta aumentada, fundamental, terça e sexta, relacionados ao acorde de E13. No segundo compasso, é executada uma frase com a escala de F# Mixolídio. Esses dois compassos formam a estrutura para a primeira parte da base de voz. Na segunda parte, as frases novamente são feitas utilizando as notas dos respectivos acordes. A base de voz ocorre entre os compassos 9 e 18, 19 e 26, 47 e 52, e 127 e 132.

Na base de voz 2, são utilizadas as fundamentais e as quintas dos acordes. Atente-se às indicações de inversão nos acordes. Esta base ocorre apenas uma vez na música, entre os compassos 27 e 30. O refrão da música trabalha com a corda D solta e a oitava. Para quem estiver estudando o contrabaixo fretless, este é um ótimo exercício de afinação. Basicamente, este trecho é construído com essa ideia e algumas variações rítmicas, mas atente-se a algumas variações que ocorrem no trecho. Do compasso 31 ao 38, o refrão é executado pela primeira vez e repetido entre os compassos 111 e 118.

No compasso 39, tem início o solo de teclado, que contém uma base bem legal e suingada. Mais uma vez, Esperanza cria variações com as notas dos respectivos acordes. São utilizados vários abafados e alguns contratempos neste trecho, sendo necessário um estudo aprofundado de rítmica. Este trecho também ocorre entre os compassos 119 e 126 com outras variações de frases.

A voz 3 é executada utilizando as fundamentais de cada acorde. Perceba que, neste trecho, as mudanças de acordes são constantes, mas também é utilizado um cromatismo no segundo tempo de cada compasso. A ideia varia conforme a modulação do trecho. A voz 3 ocorre entre os compassos 53 e 62, 71 e 79, e 133 e 142.

No compasso 63, tem início a quarta voz, que nada mais é do que a primeira base de voz modulada para Db7. No compasso 80, inicia-se a base do solo, que, na verdade, é uma grande jam, onde os músicos constroem algumas frases livres, e Esperanza novamente desfila sua criatividade e suingue.

Esperanza é dona de um talento e uma personalidade únicos, fazendo uma belíssima releitura dessa complexa música, fazendo jus às tradições de um músico do calibre de Wayne Shorter. Estude com calma todas as partes. A música é executada com um contrabaixo fretless, mas pode ser executada com um contrabaixo comum. A grande dificuldade está nas mudanças de região feitas por Esperanza para construir a frase. A afinação é o grande objetivo para quem estiver tocando com o baixo sem trastes.

Para obter mais informações sobre o meu trabalho, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


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quinta-feira, 6 de março de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 09

 Olá, pessoal!

Nesta semana, apresentamos a nona parte do nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos pilares fundamentais no aprendizado musical.

Nesta coluna, aprofundamos a leitura de semicolcheias. O exercício proposto apresenta não apenas desafios de leitura, mas também uma dificuldade técnica que requer atenção redobrada. Por isso, estude com calma, focando na precisão e na qualidade sonora que você obtém ao tocar no contrabaixo.

Este material integra um acervo elaborado por mim, como parte de minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.

Estudos rítmicos

Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias. Cada semicolcheia equivale a 1/4 de tempo no compasso 4/4, o que significa que são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Para este exercício, utilize a corda Ré solta e inicie a prática com o metrônomo ajustado a 60 bpm.

Estude com atenção para garantir precisão tanto na execução quanto na leitura.


Encerramos os estudos por aqui. Na próxima coluna, aprofundaremos os estudos nas subdivisões de semicolcheia.

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema, indicamos alguns manuais básicos sobre estudos rítmicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo faz parte da minha coleção de estudos, que inclui diversos materiais sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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segunda-feira, 3 de março de 2025

Álbuns Clássicos - Milton Nascimento & Lô Borges - Clube da Esquina


Olá, pessoal!

Nesta semana temos uma matéria especial sobre o álbum Clube da Esquina de Milton Nascimento e Lô Borges.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Clube da Esquina


 

Álbum de estúdio lançado em março de 1972 por Milton Nascimento e Lô Borges, Clube da Esquina é amplamente reconhecido como um dos lançamentos mais importantes da música brasileira. O disco combina elementos de diversos estilos musicais, como rock, jazz e música brasileira, além de apresentar letras de altíssima qualidade, marcando um ponto de inovação e criatividade na música popular do país.

Destaques do álbum
Embora a audição completa do álbum seja altamente recomendada, algumas faixas merecem menção especial, como:

  • Cais, Trem Azul, Saídas e Bandeiras nº 1 (com uma linha de baixo marcante), Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, San Vicente e Nada Será Como Antes. Várias dessas canções se tornaram clássicos da música brasileira.

Curiosidades sobre o disco

  • Clube da Esquina é o trabalho de um coletivo de músicos conhecidos pelo mesmo nome, liderado por Milton Nascimento e Lô Borges. O álbum é creditado a ambos os artistas.
  • A icônica capa traz a imagem de dois meninos, Cacau e Tonho, fotografados em uma estrada de terra próxima a Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, perto da casa dos pais adotivos de Milton Nascimento.
  • O disco foi eleito pela versão brasileira da Rolling Stone como o sétimo melhor álbum brasileiro de todos os tempos, evidenciando seu impacto duradouro e relevância cultural.

A genialidade do Clube da Esquina reside na sua capacidade de mesclar gêneros e criar uma linguagem única, capturando as complexidades e a riqueza da cultura musical brasileira.

Faixas

01-Tudo Que Você Podia Ser (Lô Borges, Márcio Borges) – 2:56 - Voz: Milton Nascimento
02-Cais (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – 2:45 - Voz: Milton Nascimento
03-O Trem Azul (Lô Borges, Ronaldo Bastos) – 4:05 - Voz: Lô Borges
04-Saídas e Bandeiras nº 1 (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 0:45 – Voz: Beto Guedes e Milton Nascimento
05-Nuvem Cigana (Lô Borges, Ronaldo Bastos) – 3:00 - Voz: Milton Nascimento
06-Cravo e Canela (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – 2:32 – Voz: Lô Borges e Milton Nascimento
07-Dos Cruces (Carmelo Larrea) – 5:22 – Voz: Milton Nascimento
08-Um Girassol da Cor do Seu Cabelo (Lô Borges, Márcio Borges) – 4:13 – Voz: Lô Borges
09-San Vicente (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 2:47 – Voz: Milton Nascimento
10-Estrelas (Lô Borges, Márcio Borges) – 0:29 – Voz: Lô Borges
11-Clube da Esquina nº 2 (Milton Nascimento, Lô Borges, Márcio Borges) – 3:39
12-Paisagem da Janela" (Lô Borges, Fernando Brant) – 2:58 – Voz: Lô Borges
13-Me Deixa em Paz (Monsueto, Ayrton Amorim) – 3:06 – Voz: Alaíde Costa e Milton Nascimento
14-Os Povos (Milton Nascimento, Márcio Borges) – 4:31 – Voz: Milton Nascimento
15-Saídas e Bandeiras nº 2 (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 1:31 -  Voz: Beto Guedes e Milton Nascimento
16-Um Gosto de Sol (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 4:21 – Voz: Milton Nascimento
17-Pelo Amor de Deus" (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 2:06 – Voz: Milton Nascimento
18-Lilia (Milton Nascimento) – 2:34 -  Voz: Milton Nascimento
19-Trem de Doido (Lô Borges, Márcio Borges) – 3:58 – Voz: Lô Borges
20-Nada Será Como Antes (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – 3:24 – Voz: Beto Guedes e Milton Nascimento
21-Ao Que Vai Nascer (Milton Nascimento, Fernando Brant) – 3:21 – Voz: Milton Nascimento

Créditos:

Alaide Costa – Voz
Beto Guedes – Contrabaixo, Carrilhão, Viola, Voz e Backing Vocals
Lô Borges – Guitarra, Percussão, Viola, Voz e Backing Vocals
Luís Alves – Contrabaixo e Caxixi
Luiz Gonzaga – Backing Vocals
Milton Nascimento – Guitarra, Piano, Viola e Voz
Nelson Ângelo – Guitarra, Percussão, Piano e Surdo
Paulinho Braga – Percussão
Robertinho Silva – Bateria e Percussão
Rubinho – Tumbadora
Tavito – Guitarra, Viola e Voz
Toninho Horta – Guitarra, Percussão e Backing Vocals
Wagner Tiso – Orgão e Piano

Link para escutar o álbum no spotify:


Link para o Youtube


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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Técnicas para contrabaixo - Elementos de Interpretação – Parte 2

Olá, pessoal!

Nesta semana, dou continuidade à coluna da edição anterior, abordaremos mais um elemento essencial de interpretação: o Slide. Esta técnica, popularmente conhecida como a "escorregada" sobre as cordas, é amplamente utilizada e apreciada por músicos. A coluna foi originalmente publicada na seção "ABC do Baixo" da antiga revista Bass Player Brasil.

Este artigo faz parte de minha coleção de estudos, que abrange tópicos como contrabaixo, teoria musical e análise.

Para acessar outros artigos e trabalhos que publiquei, visite o link:

Para mais informações ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

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O Slide

O Slide consiste em deslizar o dedo ao longo da corda para criar uma transição suave entre notas. É o famoso "vroom" que muitos músicos adoram incorporar em suas performances. Ao contrário do que alguns baixistas podem pensar, existem diversos tipos de Slide, que serão apresentados a seguir em quatro exercícios distintos.

Na notação musical, o Slide é representado por um traço inclinado. Um traço ascendente indica o movimento do grave para o agudo, enquanto um traço descendente indica o movimento do agudo para o grave.


Exercício 1: Slide de transição

Neste exercício, o Slide é utilizado para transitar de uma nota para outra de forma quase imperceptível. Essa técnica é especialmente útil em passagens que exigem mudanças de posição no instrumento.

  • Exercício 1a: Toque a nota Lá (5ª casa da corda Mi) e deslize o dedo até a nota Si (7ª casa da mesma corda). Em seguida, toque a nota Si com a mão direita. Certifique-se de que apenas duas notas sejam ouvidas: Lá e Si. É importante evitar que o som da nota Si soe como um prolongamento do Slide. Repita o exercício em todas as cordas.
  • Exercício 1b: Execute o mesmo movimento no sentido descendente, ou seja, do agudo para o grave.


Exercício 2: Slide ligado

Este exercício introduz o Slide com som ligado, ou seja, sem a intervenção da mão direita após o início do movimento.

  • Exercício 2a: Toque a nota Lá (5ª casa da corda Mi) e deslize o dedo até a nota Si, sem tocá-la novamente com a mão direita. O som deve ser contínuo e ligado. Repita em todas as cordas.
  • Exercício 2b: Execute o mesmo movimento no sentido descendente.


Exercício 3: Slide sem ponto de partida fixo

Neste exercício, o Slide começa de qualquer ponto do braço do instrumento, sem uma nota definida antes do movimento.

  • Exercício 3a: Inicie o Slide do grave para o agudo, terminando na nota Si.
  • Exercício 3b: Realize o movimento inverso, do agudo para o grave, também finalizando na nota Si.



Exercício 4: Slide de saída

Aqui exploramos o que denomino "Slide de saída", utilizado para encerrar frases musicais de forma estilizada.

  • Exercício 4a: Toque a nota Si e deslize para uma região mais grave, "apagando" o som da corda antes de tocar a próxima nota.
  • Exercício 4b: Repita o mesmo movimento, mas deslizando para uma região mais aguda.



Exercício 5: Levada com Slide

Este exercício aplica combinações de Slides em um groove baseado na escala de Dó maior. A prática de linhas melódicas com Slides permitirá uma compreensão mais profunda dessa técnica.



Recomendo o estudo de músicas que utilizem Slides e outros elementos de interpretação. Incorporar essas técnicas ao seu repertório pessoal é fundamental para enriquecer sua performance. Pesquise músicas de baixistas que você admira e observe como eles aplicam esses elementos em suas linhas de baixo.

Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares
Utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Harmonia - Aula 02 - Escala Maior

Olá, pessoal!

Nesta semana, daremos continuidade ao curso de harmonia aqui no site. O tema desta coluna será a Escala Maior.

Este artigo faz parte da minha coleção, que reúne diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


O que é uma escala?

De acordo com a Enciclopédia do Estudante da Editora Moderna, "escala é a sucessão de notas ordenadas do grave para o agudo (ascendente) ou do agudo para o grave (descendente). Existem vários tipos de escala, que variam de acordo com a quantidade de notas e os intervalos que as compõem. Esta é a definição mais precisa e abrangente, visto que outras definições acabam esbarrando em algumas exceções".

A Escala Maior é construída com a seguinte sequência de intervalos: Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom e Semitom.

Por exemplo, a escala de Dó maior é formada pelas notas:
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó.



Ao analisar os intervalos dessa escala:

  • Do 1º para o 2º grau, a distância é de um tom (Dó para Ré).
  • Do 2º para o 3º grau, também temos um tom (Ré para Mi).
  • Do 3º para o 4º grau, a distância é de um semitom (Mi para Fá).
    E assim por diante, seguindo a sequência acima.

Exemplo prático: Escala de Sol Maior

A escala de Sol maior é formada pelas notas:
Sol (G), Lá (A), Si (B), Dó (C), Ré (D), Mi (E), Fá sustenido (F#) e Sol (G).

Note que, originalmente, entre o 6º grau (Mi) e o 7º grau (Fá), a distância é de um semitom, o que não corresponde à sequência de intervalos da escala maior. Para corrigir isso, elevamos o 7º grau (Fá) em meio tom, transformando-o em Fá sustenido.

Portanto, a escala de Sol maior segue os mesmos intervalos da escala de Dó maior:
T, 2ª Maior, 3ª Maior, 4ª Justa, 5ª Justa, 6ª Maior e 7ª Maior.



Observações importantes

Todas as escalas maiores seguem a mesma lógica de construção. Além disso, as digitações no instrumento permanecem iguais à da escala de Dó maior. Para transportar o modelo para outra escala, basta alterar a fundamental para a nota desejada e manter a mesma configuração.




Estude o modelo padrão e aplique-o em diferentes escalas para desenvolver fluidez e familiaridade com o desenho. Para dúvidas ou sugestões, entre em contato!

Vídeo



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Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

O estilo musical de Jack Bruce - Parte 1

Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento a primeira parte da coluna sobre o estilo musical de Jack Bruce (1943–2014).

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:


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Jack Bruce

Matéria original publicada na Bass Player Brasil #34 de julho de 2014.

Jack Bruce, nascido em 14 de maio de 1943, em Bishopbriggs, Escócia, foi um renomado baixista, cantor, compositor e multi-instrumentista, amplamente reconhecido como um dos pioneiros na elevação do baixo elétrico ao status de instrumento solista no rock. Ele foi um dos membros fundadores do lendário power trio Cream, ao lado de Eric Clapton e Ginger Baker, grupo que definiu a era do rock psicodélico dos anos 1960.

Formado em violoncelo e composição pela Royal Scottish Academy of Music, Bruce desenvolveu uma abordagem única ao baixo, combinando técnica avançada com um senso melódico refinado, influenciado por gêneros como jazz, blues e música clássica. Sua habilidade de improvisação e seu estilo vocal expressivo contribuíram para sucessos icônicos do Cream, como Sunshine of Your Love, White Room e Crossroads.

Após a dissolução do Cream em 1968, Bruce manteve uma prolífica carreira solo, lançando álbuns notáveis como Songs for a Tailor (1969) e colaborando com artistas de diferentes gêneros, incluindo Frank Zappa, John McLaughlin e Carla Bley. Sua versatilidade musical permitiu-lhe explorar diversas vertentes, do rock progressivo ao jazz fusion.

Jack Bruce faleceu em 25 de outubro de 2014, em Suffolk, Inglaterra, devido a complicações de uma doença hepática. Seu legado permanece como uma referência fundamental no universo do contrabaixo elétrico, influenciando gerações de músicos e consolidando-o como um dos maiores baixistas da história.

Análise das Linhas de Baixo de Jack Bruce

Badge – Base do Solo – 1:38

Nesta base, Bruce utiliza variações das notas dos arpejos, além de aproximações cromáticas e da escala da tonalidade. Nos compassos 9 e 11, ele aplica a escala pentatônica de Ré menor sobre o acorde de Ré, onde a nota F atua como uma “blue note”, uma ideia amplamente explorada no blues.


Sunshine of Your Love – Base de Voz e Refrão – 0:17

As influências do blues estão presentes tanto na estrutura quanto na concepção da frase melódica, que é uma das mais emblemáticas da carreira do Cream. A frase foi construída com as escalas blues dos acordes de Ré menor e Sol menor.


I Feel Free – Refrão – 0:48

Nesta base, Bruce utiliza um padrão comum no rock, formado pelos intervalos de fundamental, quinta, sétima e oitava. Esse padrão é mais uma herança do blues.


No Surrender – Intro

A base é escrita com a pulsação na metade do tempo, facilitando a notação. Poderia ser indicada no tempo normal com a anotação “half-time feel” para expressar essa ideia. A frase explora principalmente as fundamentais de cada acorde, com o destaque rítmico sendo o segredo do trecho.


Strange Brew – Intro

A estrutura de Strange Brew reflete um blues de 12 compassos, com Bruce utilizando as notas da escala pentatônica menor sobre os acordes maiores, uma prática recorrente no blues.


Fiquem atentos na segunda e última parte da nosa coluna sobre o lendário baixista Jack Bruce que saíra no próximo mês.

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Bons estudos e até a próxima coluna!

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