segunda-feira, 30 de junho de 2025

Artigo Acadêmico - Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação

 Olá pessoal!


Estou aqui hoje para apresentar o artigo acadêmico "Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação" apresentado no I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes no eixo “Processos Criativos e Formação para a Cidadania” entre os dias 16 e 18 de Outubro de 2019. O Artigo foi escrito ao lado de Diósnio Machado Neto e Maria Eliza Mattosinho Bernardes.

Evento: I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes

Período do Evento: 16 a 18 de Outubro 2019.

Local: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo


Resumo do artigo

Novas Arquiteturas Pedagógicas no Ensino da Música é um projeto no campo da extensão universitária que tem como objetivo geral o desenvolvimento de reflexões sobre o ensino da música por meio da musicologia. Problematizando o movimento histórico de transformação da mediação no campo das artes, na qual a pedagogia do ensino da música se insere, vislumbra-se construir ferramentas para a formação de uma cidadania crítica e do desenvolvimento humano. Especificamente o projeto trata discutir o campo de formação continuada de professores de música, de cunho interdisciplinar, que se organiza a partir da unidade entre a lógica dialética e a elaboração de instrumento pedagógico por meio de dois eixos: a musicologia e a organização do ensino de cunho desenvolvedor, fundamentado no enfoque histórico-cultural. A metodologia de ensino aborda a concepção da flexibilidade de tempos e espaços, visando desenvolver novas arquiteturas pedagógicas ativas de ensino e de aprendizagem da música, com a utilização de conceitos como Blended Learning, métodos musicais criativos e, sempre que necessário fazer o uso de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) no planejamento e execução dos conteúdos. Neste momento a proposta encontra-se em fase de organização inicial, com um planejamento flexível em colaboração com a Universidade de Évora (PT).


PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Música, Musicologia, Interdisciplinaridade, Formação de professores.

Para ler o artigo: Clique aqui

Para citar o artigo: TAVARES, Fernando; MACHADO NETO, Diósnio; BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho. Novas arquiteturas pedagógicas para o ensino da música: um campo interdisciplinar de formação. In: I CONGRESSO DE ENSINO EM COMUNICAÇÕES, INFORMAÇÃO E ARTES, 1., 2019, São Paulo. 2019. p. 1-10.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Transcrição do Mês - Tribal Tech - Face First

  


Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna, escolhemos a música Face First da banda Tribal Tech com Gary Willis no baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


Tribal Tech - Face First

Tribal Tech é uma banda de jazz fusion formada nos anos 80, conhecida por sua mistura de jazz, rock, funk e música experimental. Criada pelo guitarrista Scott Henderson e pelo baixista Gary Willis, a banda se destacou pelo virtuosismo e pela complexidade harmônica de suas composições. Com um som caracterizado por improvisação, grooves complexos e estruturas musicais desafiadoras, Tribal Tech se tornou uma referência dentro do cenário do jazz fusion. A banda lançou vários álbuns, sendo "Tribal Tech" (1987), "Tears of the Sun" (1993) e "X" (1999) alguns dos mais aclamados pela crítica. Tribal Tech é aclamada por músicos e fãs por sua habilidade técnica e inovação.

Gary Willis (nascido em 1957) é um baixista, compositor e educador norte-americano, amplamente respeitado por sua contribuição ao jazz fusion. Ele é conhecido por seu estilo de tocar o baixo com uma técnica avançada, utilizando tanto o fingerstyle quanto o slap. Willis é reconhecido pelo seu trabalho com a banda Tribal Tech, que fundou com Scott Henderson, e por sua carreira solo, onde explorou uma ampla gama de influências musicais. Além de sua habilidade como baixista, Willis é um educador renomado, compartilhando sua expertise em diversas plataformas, como DVDs de ensino e livros. Ele é considerado um dos baixistas mais influentes do jazz fusion, destacando-se pela originalidade e pela complexidade de suas linhas de baixo.

Esta transcrição foi originalmente publicada na Bass Player Brasil, edição 58, de julho de 2016.


Texto

No final dos anos 1960, surgiram diversos grupos que uniram o jazz a outros estilos, incluindo o rock n’ roll, originando o que hoje conhecemos como fusion. O gênero é famoso por seus ícones extremamente técnicos e com vasto conhecimento musical, além de contar com diversas composições complexas. O Tribal Tech se consagrou como uma das bandas mais conhecidas do fusion entre os anos 1980 e 1990, composta pelo genial guitarrista Scott Henderson e pelo não menos conceituado baixista Gary Willis. A banda inspirou inúmeros instrumentistas a dedicarem horas e horas de suas vidas tentando aprimorar suas habilidades e ampliar seus horizontes. Pessoalmente, fui profundamente influenciado pelo álbum Illicit (1992), um dos que mais escutei e estudei.

Bom, deixando de lado a nostalgia, voltemos nossa atenção à transcrição desta edição, Face First. Trata-se da faixa que abre o disco homônimo de 1993, a qual apresenta um groove espetacular de contrabaixo logo na introdução, além de diversas linhas complexas ao longo de sua duração. As linhas seguem uma ideia de fraseado, mas a cada repetição são executadas e construídas de maneira diferente.

A introdução (parte “A”) foi elaborada com um groove cuja estrutura se repete basicamente a cada dois compassos. O tom do trecho é Am, e foi utilizada a tétrade deste, acrescida de um cromatismo para a fundamental na construção. Preste atenção, também, nos abafados utilizados nessa parte (entre os compassos 1 e 9, como introdução; do compasso 10 ao 25, como parte “B”; e retornando entre os compassos 171 e 186). A parte “C” (entre os compassos 26 e 33, e entre os compassos 187 e 194) apresenta vários contratempos. Perceba como o baixista chega à fundamental dos acordes com diversas ideias diferentes, sendo que a nota que se deseja acentuar está grafada com o sinal de acentuação. O trecho é bem complexo, ritmicamente, e vale a pena analisar o aspecto rítmico antes de tentar executar as notas.

Na parte “D”, iniciada no compasso 34, Willis cria as frases com as notas dos respectivos acordes, explorando bastante as quintas e oitavas. Esse primeiro trecho termina no compasso 41 e retorna entre os compassos 195 e 202. No compasso 42 começa a parte “E”, em que temos um groove muito interessante feito com a escala pentatônica de C menor. O destaque vai para os abafados e as inúmeras frases no contratempo. Na parte “F”, surgem os solos de Face First, primeiro com o teclado. Essas partes foram construídas com o baixista fazendo muitas variações sobre as notas do acorde. Aqui, as frases utilizam a pentatônica de Am. No compasso 73, é executado um F#, que é a sexta de Am, dando um efeito dórico. Os destaques são os mesmos da parte “E”. Este trecho vai do compasso 50 ao 98. No compasso 99, temos a segunda parte do solo (parte “F”), em que Gary Willis constrói as frases com as notas do arpejo, explorando bastante os intervalos de quinta e de oitava.

Na parte “H”, temos um sinal indicando que o andamento segue o sentido de 2 por 2, o famoso half-time. A fórmula mantém-se para não dificultar a leitura, e o andamento pode seguir o mesmo bpm. O baixista explora novamente as quintas e oitavas, mas também insere cromatismos nas passagens. O trecho ocorre entre os compassos 107 e 138. Na parte “I” (dos compassos 139 ao 170), temos o solo de guitarra, durante o qual o baixista faz uma levada muito parecida com a da parte “E”. Repete as ideias, apesar de o acorde ser C7. O uso da pentatônica menor sobre esse acorde nos dá o efeito chamado “bluesy”. Por fim, a parte “J” apresenta o desfecho de Face First. Aqui, o baixo aproveita as ideias da parte “C”.

Gary Willis é uma das maiores referências da música instrumental dos anos 1980 e 90. Como mencionado anteriormente, ele influenciou uma infinidade de músicos. A transcrição escolhida é uma excelente oportunidade para estudar esse genial baixista e todas as suas ideias. Trabalhe cada parte separadamente, sempre começando em um andamento mais lento até chegar ao andamento da música.

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Para mais informações sobre o meu trabalho, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 12

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das semicolcheias e suas variações. O exercício proposto apresenta uma dificuldade técnica adicional, além de trabalhar a leitura rítmica. Por isso, é fundamental estudar com calma, concentrando-se em obter um som claro e preciso ao tocar no contrabaixo.

Estudos rítmicos


Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias, que correspondem a 1/4 de tempo no compasso 4/4. Ou seja, são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Neste estudo específico, trabalhamos com a figura rítmica que combina uma semicolcheia (1/4 de tempo) seguida de uma colcheia (1/2 tempo) e por fim mais uma semicolcheia (1/4 de tempo). Essa, entre as três que estudamos nas colunas 10, 11 e 12 é a mais difícil de compreender e executar. Se houver dúvidas sobre como identificar essa figura, recomendo ouvir a música Tom Sawyer da banda Rush, por exemplo.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui, e na próxima coluna abordaremos as subdivisões de semicolcheia e o ponto de aumento.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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Abraços,
Fernando Tavares

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Baixista do Mês - Bi Ribeiro

Olá, pessoal!

Na coluna Baixista do Mês, apresentamos o habilidoso Bi Ribeiro, da banda Paralamas do Sucesso.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Bi Ribeiro

Nome completo: Felipe de Nóbrega Ribeiro
Nascimento: 30 de março de 1961, Brasília, Distrito Federal
Banda: Paralamas do Sucesso

Biografia:
Bi Ribeiro é um dos pilares do rock brasileiro, conhecido por sua habilidade única no contrabaixo e por suas linhas marcantes que ajudaram a moldar o som dos Paralamas do Sucesso. Formado em 1982, o grupo ganhou destaque com sua mistura de rock, reggae e outros ritmos, consolidando-se como uma das bandas mais icônicas do Brasil. Bi é reconhecido por sua criatividade musical e pela capacidade de construir grooves que se tornaram marca registrada da banda.


Discografia

Confira os álbuns dos Paralamas do Sucesso:

Álbuns de estúdio
1983: Cinema Mudo
1984: O Passo do Lui
1986: Selvagem?
1988: Bora-Bora
1989: Big Bang
1991: Paralamas en Español
1991: Os Grãos
1994: Severino
1994: Dos Margaritas
1996: Nove Luas / Nueve Lunas
1998: Hey Na Na
2002: Longo Caminho
2005: Hoje 
2009: Brasil Afora
2017: Sinais do Sim

Álbuns ao vivo
1987: D
1995: Vamo Batê Lata
1999: Acústico MTV
1999: Titãs & Paralamas (com Titãs)
2004: Uns Dias Ao Vivo
2007: Rock in Rio 1985
2008: Paralamas e Titãs (com Titãs)
2009: Legião Urbana e Paralamas Juntos (com Legião Urbana)
2011: Multishow Ao Vivo
2014: Multishow Ao Vivo: 30 Anos

Coletâneas
1987: Os Paralamas do Sucesso
1990: Arquivo
2000: Arquivo II
2000: O Melhor 83-99
2006: Perfil
2006: Perfil II
2006: Série 10
2010: Arquivo 3
2010: Novelas
2015: Rock Your Babies
2015: A Arte de Os Paralamas do Sucesso

Para mais detalhes sobre a discografia completa, acesse:


Vídeo em destaque

Link para vídeo: 


Website oficial

http://www.osparalamas.com.br/


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