Olá pessoal!
Nesta semana, trazemos a transcrição da música “Isso aqui tá bom demais” de Dominguinhos com o baixista Luizão Maia, publicada originalmente na edição número #35 da Revista Bass Player Brasil.
Essa transcrição faz parte de uma coleção de mais de 240 publicações para revistas de contrabaixo, as quais tenho compartilhado aqui no site. Ela também integra uma coleção com mais de 1000 transcrições produzidas por mim.
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Esses artigos fazem parte de um acervo produzido por mim e estão relacionados às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.
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Dominguinhos e Chico Buarque – "Isso aqui tá bom demais"
A transcrição deste mês conta com o emblemático baixista da música brasileira, Luizão Maia, que difundiu o contrabaixo elétrico em nossa música e gravou a maioria dos nossos clássicos nas décadas de 70, 80 e 90. Podemos ver como Luizão era um baixista criativo nesta canção lançada em 1985 de Dominguinhos com a participação de Chico Buarque. A transcrição foi originalmente publicada na revista Bass Player Brasil de agosto de 2014, na edição #35.
Luizão constrói uma linha sobre um ritmo brasileiro conhecido como quadrilha nordestina, que tem como característica a fórmula de compasso 2/4 (muito comum nos nossos ritmos tradicionais) e uma divisão rítmica bem marcada com uma semínima no primeiro tempo e duas colcheias no segundo tempo. É importantíssimo manter esta divisão durante todo o tempo para swingar.
A música pode ser dividida em três bases: a da introdução, a do refrão (muito parecida com a introdução) e a base de voz.
Introdução: O baixista trabalha com as notas da tríade dos respectivos acordes, exceto no compasso sete, onde ele insere a sétima maior do acorde de A. Os acordes utilizados são o I grau (E), o V (B7) e o IV (A). Esta parte retorna entre os compassos 130 e 145 como base do solo.
Refrão: A partir do compasso 18, esta base utiliza as mesmas ideias da introdução, exceto nos compassos 23 e 31, onde o IV grau é substituído pelo V. Vale conferir a frase que Luizão toca no compasso 24, construída com um cromatismo interessante. No final do trecho entre os compassos 32 e 33, o baixista utiliza um pequeno acorde de E com o baixo na corda E solta e a Fundamental (E) e a Terça (G#) nas pontas do acorde. Este trecho é repetido nos compassos 18 ao 33, 66 ao 81, 114 ao 129, 146 ao 161 e no final, a partir do compasso 182.
Base de Voz: Inicia-se no compasso 34. O baixista trabalha com o acorde de E, sempre mandando a nota E solta nas colcheias do segundo tempo. No primeiro tempo, temos as pontas do acorde com algumas variações: ora uma nota abafada antes, ora o acorde na cabeça do tempo. Todas as variações estão transcritas na partitura, incluindo acordes com Fundamental e Terça para G7 e F#7. Os trechos ocorrem entre os compassos 34 ao 65, 82 ao 113 e do 162 ao 181.
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Grande música do nosso repertório, com uma linha cheia de variações e ideias muito legais. Vale explorar os exemplos deixados por Luizão e conhecer todo o seu legado para o contrabaixo.
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Bons estudos e até a próxima coluna!
Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.
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